segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013



“Bitucas” de cigarros espalhados pelo cinzeiro e pela mesinha do lado da cama. A janela aberta, o vento fazia com que a cortina dançasse. O silencio da casa competia com o barulho que vinha da rua. Estávamos nuas na cama, com os lençóis amarrotados, jogados de qualquer jeito sobre nos. Ela brincava com o meu mamilo, enquanto eu olhava para o ventilador do teto ligado. O ambiente parecia tedioso, contudo estava agradável. Respirei fundo, e olhou pra mim, olhei de volta, um sorriso terno apareceu em sua face, acariciei seus cabelos, nos beijamos, sua mão apoiou-se em meu rosto, seus lábios quentes e macios me conduziam a um beijo calmo e demorado. Nossas pernas se entrelaçavam junto com os lençóis que se embolavam. Seus toques em meu corpo eram delicados, faziam com que meu corpo arrepia-se.
Eu não tocava seu corpo como se fosse à primeira ou a ultima vez, mas sim como se fosse eterno aquele momento. Cada curva, arrepio, calor me dava mais sede, desejo.
Nossa respiração, movimentos, toques, corpo tudo se resumia a um só.
Melávamos as mãos, as coxas , a cama. Não dava para determinar de quem era o sabor, estavam misturados. Contrações iam surgindo, suspiros e gemidos soltos pelo ar, os corpos enrijeciam, relaxavam, e a fraqueza chegava.
Ela levantou-se e sentou-se na beirada da cama e começou a fumar.
Era como se voltássemos no tempo, só que sem mamilos e ventilador, e sim eu a olhando fumar.

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