quarta-feira, 2 de janeiro de 2013



Ela andava nua pela casa, não tinha como não olhar, eu já vi aquele corpo mil vezes, mas eu não conseguia parar de admira-la. Linda, suas curvas, covinhas, tatuagens, piercings, cada detalhe me chamava atenção. Pensamentos surgem em minha cabeça, e o que mais concordo é “tenho muito bom gosto”. Parou na porta do quarto olhando-me, sorrindo, o que nos separa é só o corredor.  Não falávamos nada, veio em minha direção e sentou-se em meu colo, nos encavamos.  O silêncio era tanto que escutava as batidas de meu coração, era como se quisesse pular de boca a suas mãos. Nos beijamos, e assim outro som surgiu. Meus dedos entrelaçando em seus cabelos, suas mãos em meus seios. Ela sentia minhas batidas, arrepios, e sentia seu calor. Perdia minhas roupas aos poucos, não demorou muito e o chão estava com todas as peças. Chupões, arranhões, mordidas iam marcando nossas peles e nos provocando, excitando cada vez mais. Chão, poltrona, usávamos ambos. O caldo escorria nos lábios, no pescoço, no corpo. Gemidos se misturavam aos poucos sons ali presentes.  O fim virou o inicio, estávamos sentadas quase deitadas, mudas, mas agora com o som que vinha da janela, da rua.

domingo, 30 de dezembro de 2012



Festa, festas, bebidas, dança, girando. Nada mais tem feito sentido, estou no meio da multidão perdida, minha garrafa de cerveja quase vazia. Alguém segura minha mão, mas as luzes interferem minha visão, seus dedos entrelaçam sobre os meus. Por mais que o álcool tenha consumido meu corpo, me sinto segura, reconheço essa mão, e a sigo pra onde quer que me leve.  As pessoas no caminho impendem que eu ande sem tropicões.
-Onde estou?
-Isso não tem importância agora!
Escorou-me na parede, suas mãos deslizam em meus seios, minha calça é aberta, meus lábios são beijados, eu sou totalmente tocada. A sensação é boa, deixo a garrafa cair, minhas mãos deslizam pela sua cintura, abro sua blusa, toco-lhe os seios. O beijo tem gosto de álcool, cerveja com vodka.  Ouço batidas na porta, ignoramos. Gemidos, sussurros, arrepios são trocados.  É como se o oxigênio estivesse acabando, minha respiração fica cada vez mais ofegante, a seguro firme, sinto minhas pernas fracas meu corpo mole. Ela lambe seus dedos, seu olhar é provocante, beija-me.